Dimensão Paralela

 O Castelo Branco no vale do Rio Branc´Àgua
No século XVIII, Leibniz disse que “tempo-espaço, matéria e energia eram todas construções intelectuais”. Sua afirmação era muito corajosa, especialmente porque foi feita em um tempo em que se acreditava que o átomo fosse uma bolinha indivisível. A junção de várias bolinhas daria origem a toda a matéria que conhecemos e podemos tocar.

Mais recentemente, com o aparecimento de novos conceitos da ciência, como a Teoria da Relatividade e a física Quântica, algumas idéias e achados começam a comprovar que Leibniz podia estar certo.

Segundo alguns cientistas, aquilo que conhecemos como matéria pode tanto existir como partícula quanto como onda, como energia. Assim, alguns experimentos demonstraram que "sob a teoria quântica, cada quantum de matéria é tanto partícula quanto onda e permeia o universo: não existe matéria como tal, mas apenas probabilidades de densidades no continuum".

Um físico que trabalhou com Einstein, chamado David Bohm, afirmou: "o que aparenta ser o mundo estável, tangível, visível e audível é uma ilusão. Ele é dinâmico e caleidoscópico – e não está realmente lá". De acordo com a própria teoria da Relatividade, matéria é energia em uma condição especial.

Além disso, os cientistas que estudaram a física Quântica descobriram que os fótons – pacotes de luz – podiam se comportar como partículas em determinado instante e como ondas em outro. Esse comportamento, no entanto, estava relacionado com aquilo que os cientistas esperavam que acontecesse, ou seja, o fóton se comportava como partícula quando se esperava por isso e como onda quando os pesquisadores esperavam encontrar onda.

Este fenômeno é conhecido como Princípio da Incerteza de Heisenberg. Ele nos diz que o observador modifica o que é observado, porque, em nível quântico, acontece aquilo que se espera que aconteça.


Outras teorias, em conjunto com a física Quântica, nos levam à ideia de que a matéria existe em diferentes estados, sendo que alguns deles simplesmente não podem ser observados, captados, sentidos ou analisados por nós. Em outras palavras, o Universo que podemos observar e estudar é uma pequena fração de tudo o que, de fato, existe.

Assim nasceram as teorias de Universos Paralelos, de Multiversos, de Muitos Mundos e de Realidades Alternativas. Cada uma dessas especula a existência de realidades que não podemos conhecer, porém existem ao nosso lado. Também é daí que nasceram as teorias de Dimensões Paralelas. De acordo com alguns pesquisadores, em alguns casos, o que acontece nesses mundos paralelos poderia afetar o que presenciamos aqui, e vice-versa.

Por exemplo, nossos pensamentos poderiam se tornar coisas reais em uma dessas dimensões. Assim, o conjunto de tudo o que a humanidade pensa poderia dar origem a um mundo complexo onde todas as criações mentais interagem e se influenciam.

Além disso, as pessoas poderiam visitar temporariamente essa dimensão paralela. A mente, ou consciência, manifestando um comportamento quântico semelhante ao dos fótons nos experimentos clássicos de Heisenberg, poderia existir em nossa dimensão quando estamos acordados ou em outro estado da existência, quando dormimos. Desta forma, a perda de consciência durante o sono seria causada pela evasão da mente para um outro plano dimensional.

Unindo todas essas idéias, poderíamos supor que a mente viaja para outra dimensão quando dormimos. Nela, cada indivíduo se depararia com outras mentes também em estado de sono e, o que é também muito interessante, com seus pensamentos materializados, fossem eles agradáveis (sonhos bons) ou não (pesadelos).

Em Gabriel Querubim e os Guardiões dos Sonhos, é exatamente esse o mundo que o pequeno Gabriel encontra. Seus amigos e colegas de equipe também são crianças que estão dormindo em lugares distantes, a África e o Japão. Eles se encontram no chamado Mundo Real, ou mundo dos sonhos, onde têm a árdua missão de eliminar os pensamentos materializados de toda a humanidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário